Solimões rompe o silêncio e fala o que pensa do filho: “É um quase nada”

Gabriel, mais conhecido como Gabeu, é um cara cheio de personalidade, que tem se destacado no cenário musical brasileiro. Ele é cantor e tem um estilo bem próprio, chamado “queernejo”, que mistura o sertanejo com uma pegada LGBTQIA+, algo bem inovador quando a gente pensa no sertanejo tradicional. Recentemente, ele teve uma reação engraçada a um vídeo do seu pai, Solimões, da famosa dupla Rionegro & Solimões, falando sobre a carreira dele.

No vídeo, o veterano Solimões deu sua opinião sobre o filho e a carreira de Gabeu. Ele disse que é cedo pra dizer que o filho tá fazendo sucesso e que ele ainda “quase nada” em termos de fama. Gabeu, por sua vez, assistiu a essa fala e, sem perder a piada, perguntou: “Pai, o que é isso? É um pai ou é um hater?”. A reação dele foi hilária, e deixou claro que ele leva na esportiva a opinião do pai, mas com aquele toque de humor que é a cara dele.

O movimento do “queernejo” é, digamos, uma mistura de uma tradição do sertanejo com as questões de gênero e sexualidade, mas de uma forma mais inclusiva. O termo “queer” quer dizer justamente isso, um espaço onde artistas LGBTQIA+ podem se expressar sem ter que seguir o modelo tradicional do sertanejo, que é bem voltado para o público heterossexual. Gabeu, por exemplo, cresceu vendo seu pai fazer sucesso nos palcos e sentindo essa conexão com a música, mas ele também queria mostrar sua visão, algo mais livre e sem preconceitos.

Ele começou sua carreira mais sério lá por 2019, e de lá pra cá tem conquistado seu espaço. Em seus shows e no Instagram, Gabeu já tem mais de 137 mil seguidores, o que mostra que ele vem crescendo aos poucos. No YouTube, onde ele posta suas músicas e clipes, já são quase 60 mil inscritos. A sua primeira música, “Amor Rural”, fez bastante barulho e já tem mais de 1,7 milhão de visualizações. A carreira do cara é nova, mas já tem números impressionantes.

Em 2021, Gabeu lançou seu álbum de estreia, o Agropoc, um trabalho que mistura o sertanejo com elementos da música pop e de outros gêneros. E o que chamou a atenção de muita gente é que esse álbum foi indicado ao Grammy Latino de 2022 na categoria de Melhor Álbum de Música Sertaneja. Um baita reconhecimento para um artista que tem apenas alguns anos de carreira.

Gabeu, assim como muitos artistas novos, busca mais do que sucesso comercial. Ele quer criar um espaço de representatividade dentro do sertanejo, um gênero que, historicamente, sempre foi muito fechado e tradicional. Ele mistura suas influências, desde o sertanejo de Milionário & José Rico até Lady Gaga, sem medo de ser quem ele é, e isso acaba conquistando um público que se sente excluído de outras produções mais tradicionais.

E, claro, o apoio da família é fundamental, mesmo que seja com umas brincadeiras aqui e ali. No caso do Gabeu, o apoio do pai, Solimões, é claro, mas a relação deles é bem leve, com muito humor e respeito, como o próprio Gabeu demonstrou na reação que teve ao comentário do pai sobre sua carreira. No final das contas, é isso que mais importa: ser autêntico, fazer o que ama e conseguir criar algo novo dentro de um cenário que nem sempre é tão aberto a mudanças.

Se depender de Gabeu, o “queernejo” vai crescer cada vez mais, abrindo espaço para artistas que querem fazer parte dessa revolução musical, sem perder a essência do sertanejo, mas trazendo algo novo, mais inclusivo e representativo.