Mocita Fagundes usou o Dia Nacional da Visibilidade Trans para falar sobre a reação da atriz Glória Menezes ao descobrir que seu neto, Theo Fagundes, é transgênero. Segundo Mocita, a esposa de Tarcísio Filho foi super tranquila sobre o assunto. Ela não teve nenhum problema em aceitar a transição de Theo e, quando soube, simplesmente falou: “E daí?” e sorriu. A atriz nunca mais chamou o Theo pelo “nome morto” e, segundo Mocita, ela sempre respeitou e apoiou o jovem.
“Uma mulher de 90 anos. Quando soube da transição do Theo, ela falou: ‘E daí?’ e sorriu. Nunca mais ela chamou o Theo pelo ‘nome morto’. Nunca se enganou. Nunca errou. E ela tem 90 anos. Na minha bolha de afeto, na minha família, a empatia sempre foi soberana. E nem precisaria ser mãe do menino trans mais lindo desse mundo para lutar por essa causa. Respeito a comunidade trans. Sempre,” disse Mocita em um post no Instagram.
Ela aproveitou para compartilhar uma imagem da bandeira trans e falou um pouco sobre o relacionamento dela com o filho. Mocita explicou que, para ela, família é sobre acolher, respeitar, dar espaço e liberdade para a pessoa ser quem ela realmente é. “Família, antes de mais nada, é entender, acolher, proteger, respeitar. É dar espaço e liberdade. Para ser quem se é. Como alguns sabem, tenho um filho transgênero, meu Theo Fagundes”, escreveu.

Em outro trecho, ela comentou sobre como foi lidar com a transição de Theo, dizendo que, no começo, ela viveu um certo luto por conta da mudança de gênero do filho, mas que esse luto não durou muito. Ela fez questão de reforçar que o momento foi muito respeitoso e que, logo depois, ela viu um novo Theo nascer, mais feliz e livre. “Passou muito rápido. Me resolvi muito bem com ele. (risos). Logo o luto deu espaço ao que chamei carinhosamente de renascimento. E assim como fiquei enlutada, vi um filho lindo e vibrante renascer,” contou Mocita.
Além disso, Mocita destacou o quanto a felicidade de Theo era visível e como foi emocionante ver o filho se libertando na sua nova identidade de gênero. Para ela, a ideia de que alguém pode interferir na identidade de outra pessoa parece totalmente errada. “Afinal, quem somos nós para interferirmos na identidade de alguém? Não somos ninguém. No que isso nos afeta? Em nada”, completou.
O relato de Mocita foi bastante tocante, especialmente porque ela falou de sua própria vivência de forma muito pessoal e com muito carinho. Ela não apenas falou sobre Theo e sua transição, mas também sobre como a aceitação da família é fundamental. O fato de ela ter uma postura tão aberta e respeitosa sobre o tema mostra a importância do apoio familiar no processo de descoberta e afirmação de identidade de qualquer pessoa.
Mocita também aproveitou a oportunidade para reforçar o respeito e a empatia pela comunidade trans, algo que ela sempre teve, independentemente de ser mãe de um filho transgênero. A postura dela e a forma como ela lidou com toda a situação são um exemplo claro de como o amor e o respeito devem ser o que guia as relações familiares e, de fato, o que deveria prevalecer em qualquer sociedade.