Faleceu nesta segunda-feira, dia 09, aos 51 anos, a apresentadora e ex-modelo Patricia Fuenmayor — uma figura bastante conhecida principalmente nos anos 90, tanto na Venezuela quanto na comunidade latina dos Estados Unidos. A notícia pegou muita gente de surpresa, apesar de Patricia já estar em tratamento contra um câncer há algum tempo.
Patricia ficou famosa em 1997, na Venezuela, quando começou a aparecer em programas de televisão e também por sua carreira como modelo. Ela foi finalista do Miss Venezuela e, no ano seguinte, acabou ganhando o título de Miss América do Sul, o que abriu portas pra ela no mundo do entretenimento. Era bonita, carismática, tinha presença — e isso sempre chamou atenção do público.
Já nos Estados Unidos, onde morava atualmente, ela fazia parte do programa Despierta América, exibido pela Univision, uma das emissoras mais assistidas pelos latinos que vivem no país. Lá, atuava como correspondente em Nova Iorque e era bem querida pelos colegas de equipe. A notícia do falecimento foi dada ao vivo por Raúl González, um dos apresentadores da atração, que visivelmente abalado disse: “Essa é uma notícia que ninguém gosta de dar. A família do Despierta América perdeu uma grande amiga. Patricia Fuenmayor nos deixou esta manhã”.
Pouco tempo depois, o perfil oficial do programa também se manifestou nas redes sociais. A homenagem foi simples, mas cheia de carinho: “Despierta América está de luto. É com imenso pesar que nos despedimos da nossa querida colega Patricia Fuenmayor, colaboradora dedicada em Nova Iorque. Obrigado, Patricia, pela sua luz, sua entrega e seu sorriso. Você será sempre lembrada.”
O que pouca gente sabe é que antes da fama na televisão, Patricia já vinha batalhando desde cedo. Ela estudou jornalismo, além de ter atuado em várias emissoras da Venezuela como a Venevisión, E! Latin America e até a Teledeportes. Inclusive, chegou a apresentar seu próprio programa de entrevistas, chamado De Boca en Boca, que fez bastante sucesso por um tempo.
Mas nem tudo foi glamour. Em 2015, um episódio mudou completamente o rumo da vida dela. Seu marido foi sequestrado na Venezuela, e o trauma foi tão grande que a apresentadora decidiu deixar o país. Com a família, se mudou pros Estados Unidos em busca de segurança e de uma nova chance. E recomeçou do zero. Passou a trabalhar no canal Univision, primeiro no programa Al Despertar e, depois, foi chamada para integrar o Despierta América.
Muita gente da comunidade latina se identificava com a história dela. Uma mulher que saiu do seu país por conta da violência, lutou pra se reerguer num lugar novo e conseguiu voltar a fazer o que amava. Sempre sorridente, profissional e com uma energia que contagiava, Patricia deixava sua marca por onde passava.
Nos últimos meses, ela estava enfrentando uma dura batalha contra o câncer. Mesmo assim, manteve o bom humor e seguiu trabalhando enquanto pôde. Seus colegas comentaram que, até os últimos dias, ela demonstrava força e otimismo — traços que marcaram toda a sua trajetória.
A morte de Patricia Fuenmayor é, sem dúvida, uma grande perda pro jornalismo latino. Mas também deixa uma mensagem de coragem, resiliência e paixão pela vida. Que descanse em paz.
