O Ministério Público da Bahia protocolou uma denúncia nesta segunda feira, que envolve 12 pessoas no “escândalo do Pix”, que estavam desviando dinheiro através de doações feitas no programa Balanço Geral Bahia, da Record Bahia, no ano passado. Quem apurou os detalhes foi o jornal F5.
Segundo as informações do MP-BA, os principais nomes por trás do esquema eram Marcelo Castro, que atua como apresentador na TV Aratu, que ê afiliada do SBT na Bahia, e Jamerson Oliveira, ex-editor da Record Bahia, e que atualmente é trabalha com Castro no SBT. A defesa dos dois ao ser questionada, disse que não irá se pronunciar, afirmando que o caso corre em segredo na justiça.
Os dois devem responder por associação criminosa e apropriação irregular. Segundo os detalhes apurados, o grupo atuou em 2022 e 2023, cerca de 1 ano e seis meses. De acordo com as informações, nessa época eles conseguiram arrecadar em torno de R$ 540 mil em doações e roubaram cerca de 75% desta valor, cerca de R$ 410 mil. Sendo assim foram enviados só R$ 135,9 mil foram repassados as vítimas, que tinham suas histórias contadas na versão baiana do Balanço Geral.
O Ministério Público ainda disse que “o grupo, de forma consciente e devidamente ajustada”, armou um esquema para roubar as pessoas mais debilitadas, com problemas graves de saúde, entre outros casos. Então diante destes montantes arrecadados, eles destinavam a menor parte as vítimas, e durante o programa exibiam as chaves pix.
Quando terminavam os programas, o dinheiro destas doações então acabavam sendo destinados as contas de quem recepcionava as doações, os líderes então distribuíam e ficavam com a maior parte. Eles ainda com o objetivo de ocultar a origem do dinheiro, faziam transferências fragmentadas, que se enquadram no crime de lavagem e ocultação de valores.
Esquema descoberto
Esse esquema então veio a ser descoberto em março de 2023, depois que o conhecido jogador de futebol baiano Anderson Talisca, atualmente no Al-Nassr, acabar doando a quantia de R$ 70 mil depois que se deparou com a matéria. Na ocasião o valor seria destinado a família do menino Guilherme, de 1 ano, que estava em meio ao tratamento contra o câncer e então precisava do valor para comprar remédios.
Ao falar com Marcelo Castro, porém o assessor do jogador de futebol, tomou conhecimento que o valor do Pix de um membro da família do menino, não seria o mesmo que foi repassado na televisão.
A emissora ao tomar conhecimento, então protocolou uma ficha crime internamente, para que o caso fosse apurado pela polícia. Alguns dias depois a Record Bahia demitiu Marcelo Castro e Jamerson Oliveira. A criança que estava em tratamento infelizmente não resistiu e veio a falecer semanas depois.
É sempre muito triste ver uma situação desta, Ainda mais se tratando de pessoas públicas, aonde se beneficiam do mal alheio, para conquistar em dinheiro desviado de forma criminosa, felizmente este caso acabou sendo descoberto e agora todos irão pagar o preço pelos crimes cometidos, Algo muito triste que mostra Infelizmente como funcionam as coisas no Brasil.