O coração de uma família em Mafra, Santa Catarina, foi destroçado por uma tragédia que deixou a cidade em choque. A pequena Soraia Schmid, de apenas quatro anos, perdeu a vida em um episódio de violência familiar envolvendo sua irmã mais velha, de 22 anos, que enfrenta sérios distúrbios psicológicos. A dor e a perplexidade tomaram conta da comunidade enquanto perguntas sobre saúde mental e prevenção ganham força nas discussões.
Nas redes sociais, os pais de Soraia compartilharam a dor de uma perda que jamais será superada. A mãe, em um relato emocionado, descreveu a filha como um presente de Deus que iluminava os dias mais difíceis. “Minha princesa, você era a nossa luz em meio à escuridão. Seu sorriso e sua pureza foram um presente que levaremos no coração para sempre”, escreveu ela, em 15 de janeiro, poucos dias após o trágico incidente.
O acontecimento fatídico ocorreu no início daquela semana, em 13 de janeiro. Segundo as investigações, a menina estava dormindo em casa quando foi atacada durante um surto psicótico da irmã. A jovem, que estava sob tratamento médico, agiu num momento em que ambas estavam sozinhas. Apesar dos esforços da família e do rápido socorro, Soraia não resistiu aos ferimentos. A Polícia Civil revelou que a agressora foi encontrada desorientada e armada dentro da casa. Para contê-la, a equipe de intervenção precisou usar armas químicas não letais. Atualmente, ela permanece internada sob custódia.
O luto pela morte de Soraia ultrapassou as paredes do lar. O Centro de Educação Infantil onde a menina estudava emitiu uma nota pública lamentando a perda de uma aluna tão especial. Professores e colegas se lembram dela como uma criança cheia de vida, curiosa e com um sorriso contagiante. “Seu jeito doce e encantador deixou uma marca em todos nós. Seu legado será lembrado na bondade que inspirou”, declarou a direção da escola.
A tragédia trouxe à tona um tema sensível e urgente: a saúde mental. A sociedade, mais uma vez, se vê diante da necessidade de discutir abertamente o impacto dos transtornos psicológicos e a fragilidade dos serviços de assistência. Especialistas alertam que o acesso a diagnósticos precoces e o acompanhamento contínuo podem prevenir situações extremas, mas enfatizam que o estigma e a falta de recursos ainda são barreiras a serem enfrentadas.
Enquanto as investigações avançam, resta à família Schmid o desafio de encontrar forças para seguir em frente. Amigos, vizinhos e desconhecidos têm se unido em uma corrente de apoio, oferecendo solidariedade e orações. No entanto, a ausência de Soraia será sempre uma presença dolorosa, marcada por lembranças doces e uma saudade que jamais se apagará.
Esta tragédia ressoa como um apelo urgente por mais compreensão, compaixão e investimentos em saúde mental, uma área essencial, mas frequentemente negligenciada. Que o nome de Soraia inspire mudanças, para que outras histórias não tenham o mesmo desfecho.
O país se comoveu com essa notícia trágica e triste, e gerou homenagens em todo o Brasil.
