No último domingo (15), durante o prêmio Melhores do Ano, exibido no Domingão com Huck, William Bonner, âncora do Jornal Nacional, voltou a falar sobre os rumores de sua aposentadoria. Concorriendo na categoria Melhor Jornalista de 2024, Bonner revelou que já pensa, sim, em deixar a bancada do principal jornal da Globo. Mas calma: ainda não há uma data confirmada.
Durante a cerimônia, em um bate-papo com o portal Hugo Gloss, o jornalista comentou que está cada vez mais próximo de uma pausa definitiva. “Claro que sim. Quem é que não pensa em se aposentar? Tenho 38 anos de carreira”, disse ele, sem esconder que o assunto já é uma realidade.
Quem pode substituir William Bonner?
Um dos nomes mais fortes para assumir o lugar de Bonner no Jornal Nacional é o de César Tralli, que atualmente comanda o Jornal Hoje. Quando perguntado sobre a possibilidade de Tralli ser seu sucessor, William não economizou elogios: “Totalmente, claro que sim. César Tralli é um dos colegas mais gabaritados que eu tenho na Globo para assumir um cargo como esse quando chegar a hora.”
O reconhecimento de Bonner reforça algo que muitos espectadores e críticos já consideram inevitável: Tralli tem o perfil e a experiência necessários para ocupar uma das cadeiras mais cobiçadas do jornalismo brasileiro, ao lado de Renata Vasconcellos. Além do carisma, Tralli traz consigo uma trajetória sólida e respeitada, marcada pelo equilíbrio e pela seriedade que o cargo exige.
Bastidores e mudanças no Jornal Nacional
No entanto, segundo a colunista Fábia Oliveira, a saída de Bonner das telinhas pode ser só parcial. Há rumores de que ele estaria se preparando para um cargo executivo dentro do departamento de jornalismo da emissora, o que o manteria atuante nos bastidores. Aparentemente, a Globo já discute o futuro do Jornal Nacional e não descarta um caminho mais diversificado na escolha do próximo âncora.
Entre os nomes mais cotados, além de Tralli, estão Márcio Bonfim e Aline Midlej, dois jornalistas que já ocuparam a bancada do Jornal Nacional em edições especiais e durante os rodízios de fim de semana. Márcio, com sua presença sólida e competência elogiada, representa uma aposta certeira para a renovação do programa. Já Aline Midlej, que impressionou o público em edições anteriores, poderia trazer não apenas uma nova dinâmica para a bancada, mas também marcar uma mudança histórica com maior representatividade feminina e racial no principal telejornal do país.
Renovação no jornalismo
A possível aposentadoria de William Bonner, que está há mais de duas décadas à frente do Jornal Nacional, simboliza um momento de transição para o jornalismo brasileiro. Ele se tornou, ao longo dos anos, uma figura emblemática do telejornalismo, conduzindo coberturas históricas e atravessando momentos de grande turbulência no cenário nacional.
Com o avanço das redes sociais e a transformação da forma como as pessoas consomem notícias, a escolha do próximo âncora do JN também reflete a necessidade da Globo de se conectar com novos públicos. Se Tralli é visto como uma aposta segura, Márcio Bonfim e Aline Midlej representam uma possível inovação, tanto em estilo quanto em identidade.
Quando Bonner sairá?
Por enquanto, a despedida de William Bonner parece mais uma questão de “quando” do que “se”. Seu discurso, mesmo sutil, deixou claro que a aposentadoria está nos planos. Enquanto isso, o público segue atento a cada pista deixada pelo jornalista e pela emissora.
O fato é que substituir William Bonner não será uma tarefa fácil. Afinal, sua presença à frente do Jornal Nacional se confunde com a história recente do Brasil. Mas, como o jornalismo é feito de renovação, essa mudança pode ser também uma oportunidade para a Globo mostrar que está preparada para um futuro ainda mais diverso e representativo.