No último sábado (28), Reycharleson Nicolau da Silva foi preso após ser o principal suspeito de tirar a vida da ex-namorada Yasmin Souza da Silva, no Rio de Janeiro.
Segundo com testemunhas, Yasmin tinha terminado o relacionamento com Reycharleson na quarta-feira (25).
As investigações do crime teve início assim que a polícia foi chamada no Hospital Infantil Ismélia da Silveira, na Baixada Fluminense, onde a vítima e o suspeito deram entrada. Reycharleson chegou na unidade com um ferimento de bala na perna, mas acabou tendo alta, já Yasmin não resistiu e foi a óbito.
Em seu depoimento, o suspeito disse que na sexta-feira (27) foi buscar a ex-namorada em um curso quando eles foram abordados por dois homens armados que tentaram roubar o carro deles, mas como não conseguiram, os assaltantes teriam disparado contra eles.
Segundo informações do UOL, uma perícia realizada no carro confirmou que o tiro que acabou acertando a perna de Reycharleson saiu de dentro do veículo e foi disparado por ele mesmo.
Dentro do carro também foram encontrados 3 estojos de calibre 9mm, o mesmo que foi usado no crime. O suspeito fingiu que eles foram assaltados, mas segundo as informações tudo não passou de uma encenação para cobrir o crime.
Segundo relatos de algumas testemunhas, na quinta-feira, um dia antes do ocorrido, Reycharleson teria ido até residência da ex com uma pistola 9mm e teria forçado ela a entrar no carro.
O suspeito já havia respondido um inquérito de violência doméstica, segundo informações da a Polícia Civil. No entanto, não foi revelado se o processo anterior envolvia o nome de Yasmin.
O Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJ-RJ) relatou que Reycharleson passou por uma audiência de custódia e acabou tendo sua prisão em flagrante convertida em prisão preventiva.
A defesa do suspeso, composta por defensores públicos, fez um pedido de liberdade provisória, porém o Ministério Público alegou que a prisão já foi determinada “para garantia da ordem pública, por conveniência da instrução criminal, e para assegurar a aplicação da lei penal, diante da prova da existência do crime e indício suficiente de autoria“.
“Como visto, a gravidade da conduta é extremamente acentuada, na medida em que o custodiado matou a ex-companheira, de forma extremamente cruel, por não aceitar o término do relacionamento, demonstrando total desprezo pela vida humana, a indicar sua completa inadequação ao convívio social”, destacou a juíza Mariana Tavares Shu.