A Polícia Federal (PF) segue, nesta sexta-feira (15), tentando entender mais sobre o ataque com bombas contra o Supremo Tribunal Federal (STF) na noite de quarta-feira (13), através do celular de Francisco Wanderley Luiz, o principal suspeito. O aparelho foi encontrado dentro de um trailer de Wanderley, estacionado perto do STF e da Câmara dos Deputados, durante uma operação na manhã de quinta-feira (14). Desde então, os investigadores estão extraindo dados do celular para tentar descobrir mais sobre os planos de Wanderley e se ele teve ajuda de outras pessoas.
O trabalho de perícia está sendo feito no Instituto Nacional de Criminalística (INC), da PF. Já foram analisadas algumas mensagens no celular, e, segundo fontes próximas à investigação, essas informações podem ser chave para entender melhor o ataque. A expectativa é que, com as mensagens, a polícia consiga descobrir se Francisco Wanderley contou com apoio de outras pessoas e, mais importante, qual era o plano detalhado que ele tinha.
Investigações preliminares revelaram que uma das últimas mensagens enviadas por Wanderley foi para o seu filho, que estava no Paraná. O filho deu depoimento à PF e contou que recebeu uma mensagem de despedida do pai. Na hora, ele não entendeu o que aquilo significava, mas, depois que o atentado foi noticiado, ele percebeu que a mensagem estava se referindo ao ataque que o pai havia planejado. É um relato muito estranho, que mostra como as coisas estavam sendo feitas de uma maneira bem calculada, mas também fria.
Além disso, a ex-mulher de Wanderley também foi ouvida pela PF. Ela revelou que o plano do ex-marido era matar o ministro Alexandre de Moraes, do STF, e qualquer outra pessoa que estivesse ali no momento do atentado. Ela chegou a dizer, de forma bem direta, que o ex-marido “queria matar o ministro Alexandre de Moraes e quem mais estivesse junto na hora do atentado.” Essas palavras mostram a gravidade e a frieza do que estava em jogo. A ideia de matar alguém da alta cúpula do STF é algo muito sério, ainda mais em um momento de tanta tensão política no Brasil.
Agora, a investigação está nas mãos da divisão antiterrorismo da Polícia Federal, que está focada na análise dos dados do celular de Wanderley. O objetivo é entender melhor o que motivou o ataque, qual a ideologia por trás disso e, principalmente, se ele estava ligado a algum grupo extremista. Para a polícia, essas conexões são fundamentais, já que muitos dos ataques mais recentes têm sido associados a ideologias radicais que buscam desestabilizar o governo e as instituições.
A investigação é tensa, e o caso tem gerado bastante repercussão nas redes sociais. Afinal, um atentado como esse, que envolve bombas e um ataque a um dos maiores tribunais do país, não é algo que a gente vê todo dia. Além disso, a conexão com o ministro Alexandre de Moraes só aumenta a tensão, já que ele tem sido uma figura central em várias decisões polêmicas, principalmente em relação a investigações contra fake news e movimentos extremistas.
Esse tipo de ataque não só ameaça a segurança das pessoas diretamente envolvidas, mas também manda um recado perigoso sobre os rumos que a política no Brasil pode tomar. O fato de que a Polícia Federal já está conseguindo algumas pistas no celular de Wanderley mostra que, provavelmente, mais detalhes do caso vão aparecer nos próximos dias. A população está atenta, e a pressão para que a justiça seja feita está aumentando. Resta esperar para ver o que mais vai surgir dessa investigação, mas uma coisa é certa: o caso vai mexer com o cenário político e jurídico do Brasil.