Uma história intrigante de Wisconsin tem chamado atenção, misturando fascinação infantil e teorias sobre reencarnação. O caso de Jamey, um jovem que acredita ter vivido uma vida anterior como Thomas Andrews, o arquiteto do Titanic, foi destaque no programa Ghost Inside My Child, do canal LMN. Sua conexão surpreendente com o naufrágio histórico levanta questões sobre memória, imaginação e o poder das experiências marcantes.
De acordo com sua mãe, a obsessão de Jamey pelo Titanic começou de forma inesperada. Ele assistiu apenas à segunda metade do famoso filme de 1997, dirigido por James Cameron, e imediatamente passou a desenhar imagens detalhadas do navio. “Em duas semanas, ele já tinha pintado cerca de 50 desenhos”, contou. O mais impressionante, segundo ela, era o nível de precisão técnica que ele demonstrava. “O filme é sobre uma história de amor. Ele não explica o funcionamento interno do navio.”

Um Medo Inexplicável e Conexões Emotivas
Jamey, descrito como um garoto geralmente alegre, começou a manifestar comportamentos que intrigaram sua família. Ele desenvolveu um medo profundo da piscina de casa e passou a ter pesadelos recorrentes. Além disso, demonstrava uma empatia incomum pelos trabalhadores da sala das caldeiras do Titanic — pessoas que, segundo registros históricos, tiveram poucas chances de sobrevivência.
Agora com 19 anos, Jamey se identifica fortemente com Thomas Andrews. Em entrevistas, ele expressa uma sensação de paz ao imaginar sua morte a bordo do Titanic. “Pelos traços de personalidade e pelas decisões que ele tomou, eu acredito que fui Thomas Andrews. Ele sacrificou sua vida para ajudar outras pessoas a escaparem. Isso é algo que eu teria feito.”

Fatos e Fantasias: O Que a História Revela
Thomas Andrews, de fato, era o projetista-chefe do Titanic e foi visto pela última vez auxiliando passageiros enquanto o navio afundava. Testemunhas relataram que ele jogava cadeiras de convés na água para aumentar as chances de sobrevivência das pessoas. No entanto, o caso de Jamey levanta perguntas sobre como crianças desenvolvem conexões tão fortes com histórias que descobrem ainda na infância.
Alguns céticos destacaram que detalhes sobre o navio estão amplamente disponíveis no filme e em documentários. “Qualquer pessoa que assistir ao filme pode aprender como o Titanic era por dentro”, comentou um usuário em um fórum de discussão. Outros mencionaram que muitas crianças desenvolvem interesses intensos e temporários por temas históricos ou ficcionais, sem que isso necessariamente indique algo sobrenatural.
Uma crítica frequente ao relato é o momento em que a obsessão de Jamey começou. “Eu acreditaria mais se ele tivesse falado do Titanic antes de assistir ao filme”, ponderou um comentarista. A classificação indicativa do longa, voltada para maiores de 12 anos, também foi mencionada, ressaltando o impacto emocional que histórias trágicas podem ter sobre mentes jovens e impressionáveis.
Memória, Imaginação ou Algo Mais?
Casos como o de Jamey desafiam nossas ideias sobre as fronteiras entre memória e imaginação. Especialistas sugerem que crianças com interesse profundo em temas históricos podem absorver detalhes complexos sem perceberem a origem exata de seus conhecimentos. Outros defendem que a mente humana, com suas vastas capacidades, ainda esconde mistérios que a ciência não consegue explicar completamente.
Independentemente da causa, a história de Jamey continua a despertar fascínio e dividir opiniões. Para alguns, ela é apenas um exemplo do poder da imaginação. Para outros, uma possível prova de que a memória transcende o tempo. Seja qual for a verdade, sua conexão emocional com o Titanic é um lembrete poderoso do impacto que histórias trágicas podem ter sobre aqueles que as descobrem, mesmo décadas após os eventos reais terem se desenrolado no Atlântico gelado.