A venda de vassouras consagradas por pastores evangélicos não é uma novidade no mundo religioso. Já há alguns anos, circulam na internet e em redes sociais imagens e vídeos de pastores abençoando e vendendo vassouras que prometem limpar o ambiente e afastar o mal.
No entanto, o vídeo que circula atualmente nas redes sociais é bastante peculiar e revoltante. Nele, podemos ver pastores da Igreja Despertar da Fé, localizada em Belo Horizonte, consagrando vassouras e prometendo aos fiéis que esses objetos serão capazes de varrer o mal de suas vidas.
O mais preocupante dessa história é que essas vassouras estão sendo vendidas por um valor bastante alto, R$ 1000, o que pode ser considerado um abuso, visto que se trata de um objeto simples e comum em nossas casas.
A venda dessas vassouras consagradas é um exemplo da chamada “mercantilização da fé”. Ou seja, a religião passa a ser vista como um produto que pode ser vendido e consumido, e não mais como um conjunto de valores, princípios e crenças que guiam a vida das pessoas.
Essa prática é condenada por diversas instituições religiosas e líderes espirituais, que consideram que a fé não pode ser transformada em mercadoria. Além disso, a venda de objetos sagrados pode ser considerada uma forma de exploração dos fiéis, que muitas vezes são levados a acreditar que precisam desses objetos para ter uma vida plena e feliz.
Vale ressaltar que a consagração de objetos não é uma prática exclusiva das igrejas evangélicas. Em diversas religiões, é comum abençoar objetos como água, velas, rosários, entre outros, como forma de trazer proteção e benção para a vida das pessoas.
No entanto, é importante que essa prática seja feita com responsabilidade e respeito, e que os líderes religiosos não usem esses objetos como forma de lucrar ou manipular os fiéis.
Diante disso, é fundamental que as pessoas tenham um senso crítico e sejam capazes de discernir entre a fé verdadeira e a mercantilização da religião. É preciso estar atento aos discursos que prometem soluções rápidas e milagrosas para os problemas da vida, e buscar uma relação mais profunda e autêntica com a espiritualidade.
Por fim, é necessário que as instituições religiosas e os líderes espirituais sejam mais responsáveis e éticos em suas práticas e ensinamentos, e que atuem em prol do bem-estar e da evolução dos seus fiéis, e não apenas de seu próprio interesse.
Veja o vídeo em questão: