Otimismo pode ser o segredo para uma vida longa, segundo estudo

“Escolha ser otimista. Parece melhor”, já dizia o Dalai Lama. Mas, além de ser “melhor”, o otimismo pode até prolongar a vida, sabia? Isso mesmo! Um novo estudo feito com quase 160 mil mulheres, de várias idades, raças e origens, mostrou que ter uma visão positiva da vida tá ligado a uma maior chance de chegar aos 90 anos ou mais.

A pesquisa, publicada recentemente no Jornal da Sociedade Americana de Geriatria, também investigou fatores como alimentação, atividade física, peso, cigarro e álcool. E, acredite, esses fatores foram responsáveis por menos de 25% da relação entre viver mais e ser otimista. Ou seja, o poder do pensamento positivo vai além do estilo de vida!

O otimismo é pra todo mundo

Hayami Koga, um dos pesquisadores da Harvard TH Chan School of Public Health, comentou sobre como o otimismo pode ser um alvo importante para quem quer viver mais e melhor. “Mesmo que o otimismo seja influenciado por questões sociais, nossos achados sugerem que os benefícios do otimismo se estendem a diferentes grupos raciais e étnicos”, disse ele. Em outras palavras, ser otimista é uma vantagem que pode beneficiar qualquer um, independentemente da origem.

Otimismo e longevidade: nada de novo

Essa não é a primeira vez que cientistas ligam otimismo à longevidade. Em 2019, outra pesquisa mostrou que pessoas bem otimistas – aquelas com as pontuações mais altas – tinham uma expectativa de vida 11% a 15% maior que as pessoas mais negativas. E, de quebra, ainda tinham mais chances de chegar aos 85 anos ou mais.

Esses resultados continuaram válidos mesmo depois de considerar fatores como classe social, problemas de saúde, depressão, cigarro, alimentação ruim e até a bebida. Ou seja, não importa o que acontece em volta, o otimismo continua a fazer a diferença.

Otimismo não é viver em um “mundo de fantasia”

Calma lá, ser otimista não significa ignorar a vida real, tá? Nem sair sorrindo de tudo que dá errado. Os especialistas explicam que, quando as coisas dão errado, quem é otimista tende a ver os problemas como algo temporário ou até como uma oportunidade. Eles não costumam se culpar tanto e acreditam que têm um certo controle sobre o que acontece. Esse tipo de atitude ajuda eles a criar oportunidades boas pro futuro, ao invés de só ficar se lamentando.

Aliás, esse pensamento positivo também tá relacionado com uma saúde melhor. Vários estudos já mostraram que otimismo tem ligação com uma alimentação mais equilibrada, mais exercícios, e até com um coração e pulmões mais saudáveis, além de um sistema imunológico forte.

Dá pra ser otimista, sim!

Se você não é a pessoa mais positiva do mundo, calma que nem tudo tá perdido. Pesquisas com gêmeos indicam que só uns 25% do nosso otimismo vem dos genes. O resto é com a gente mesmo! E sim, dá pra treinar o cérebro pra ver o lado bom das coisas.

Uma das maneiras mais eficazes pra isso é o método “Melhor Eu Possível”. Nesse exercício, você se imagina no futuro, com seus sonhos realizados e problemas resolvidos. Pegue um papel e escreva durante 15 minutos sobre esse cenário e, depois, passe mais cinco minutos visualizando essa realidade. Fazer isso regularmente pode dar uma bela animada na sua visão da vida.

Um estudo de 2011 mostrou que estudantes que praticavam o “Melhor Eu Possível” uma vez por semana por oito semanas sentiram-se mais positivos. E o melhor: esse sentimento continuou por cerca de seis meses depois!

Outra dica é manter um diário só pras experiências positivas do dia. Com o tempo, focar nas coisas boas pode mudar sua maneira de ver a vida. A gratidão também é um ótimo jeito de fortalecer o otimismo. Tirar uns minutos pra escrever pelo que você é grato pode realmente melhorar o humor e até quebrar padrões de pensamento negativo.

Pratique pra manter o otimismo em alta

Assim como exercício físico, esses “exercícios” de otimismo precisam ser feitos com frequência pra continuar surtindo efeito. Mas, vamos combinar, uma vida mais longa, com mais felicidade e positividade, vale esse esforço, né?