O ex-presidente do Brasil, Jair Messias Bolsonaro (PL) tornou alvo da Operação Tempus Veritatis, onde a Polícia Federal (PF) realiza investigações com o objetivo de averiguar suposta organização criminosa que atuou durante o golpe de estado ocorrido no dia 8 de janeiro de 2023.
De acordo com as informações concedidas através do jornalista Reinaldo Gottino, através de seu perfil oficial nas redes sociais, a PF havia concedido o prazo de 24 para que Bolsonaro entregasse o passaporte, que atualmente se encontra em Brasília (DF). Até o momento desta publicação, o ex-presidente e seus familiares ainda não se manifestaram a respeito do caso, contudo, seguidores do político manifestam opinião contrária a operação através das redes sociais.
Do que se trata a Operação Tempus Veritatis que Bolsonaro é alvo?
A operação foi criada pela PF com o objetivo de apuração uma possível organização criminosa que supostamente autuou durante o golpe de Estado no dia 8 de janeiro, possuindo como pretensão obter vantagens de natureza política.
As ordens foram expedidas por Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), determinando que Bolsonaro entregue o passaporte e não se comunique com outros investigados. O advogado do ex-presidente afirmou que ele cumprirá as ordens.
De acordo com a PF, os investigados da operação haviam se reunido com o objetivo de disseminar notícias falsas envolvendo o sistema eleitoral brasileiro, objetivando a criação de condições para uma possível intervenção militar.
Mandados em 9 estados e no DF
A PF afirma que há mandados a serem cumpridos no estado do Rio de Janeiro, Amazonas, Minas Gerais, São Paulo, Ceará, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Paraná, Goiás e Distro Federal.
Tais mandados foram autorizados através do ministro Alexandre de Moraes.
Além das buscas e prisões, há, também, o total de 48 medidas cautelares, incluindo a proibição de contato entre os investigados, suspensão dos cargos públicos e retenção de passaportes.
Quem é Filipe Martins, ex-assessor de Bolsonaro preso pela PF
Ex-assessor no tangente à assuntos internacionais e aliado de Jair Bolsonaro, Filipe Martins foi preso nesta quinta-feira (8) durante a operação realizada pela PF.
De acordo com as informações concedidas pelo portal G1, Filipe Martins foi preso no momento que se encontrava na casa de sua namorada, no município de Ponta Grossa (PR).
Além do ex-assessor, também foram presos de forma preventiva o major do Exército Rafael Martins de Oliveira e o coronel do Exército, Marcelo Câmara.
Bernardo Romão Correa Neto, que atua como militar, também possui mandado de prisão expedido, no entanto, encontra-se no exterior.
Segundo a decisão assinada por Alexandre de Moraes, responsável por autorizar a prisão preventiva, Filipe Martins supostamente faria prática do grupo criminoso investigado pela operação, objetivando organizar um golpe de Estado em períodos que antecederam às eleições de 2022.
Durante o mês de novembro de 2022, Martins, supostamente, apresentou à Jair Bolsonaro uma minuta de decreto para a execução do golpe de estado e realização de novas eleições.
O documento em questão também decretava a prisão de algumas autoridades, à exemplo de Rodrigo Pacheco (PSD) atual presidente do Senado e, também, Alexandre de Moraes, ministro do Superior Tribunal Federal (STF).