Na noite do último sábado (28), Diely da Silva Maia, gerente contábil de 34 anos, perdeu a vida de forma trágica ao ser baleada na cabeça durante uma corrida de aplicativo no Rio de Janeiro. Moradora de Jundiaí, no interior de São Paulo, Diely estava a passeio na cidade e acabara de postar uma foto em uma praia carioca poucas horas antes do ocorrido.
O carro em que ela estava, segundo a investigação, entrou por engano em uma comunidade na zona oeste da cidade, onde foi alvo de tiros. O motorista, que também foi baleado, conseguiu sobreviver e já prestou depoimento. A Delegacia de Homicídios da Capital está à frente do caso.
Uma tragédia anunciada pela violência
O crime abalou profundamente familiares e amigos de Diely, que expressaram sua dor e revolta nas redes sociais. Tamires Pontes Coletti, prima da vítima, desabafou: “Mais uma família devastada pela criminalidade do Rio de Janeiro. Agora, essa família é a nossa. Para nós, o ano acabou ontem, minutos antes da meia-noite.”
Amiga próxima, Maria Alves destacou a alegria e a determinação de Diely. “Ela sempre estava com um sorriso no rosto. Eu queria tanto ter convidado ela para ser madrinha do meu casamento. Estava ansiosa por isso. Infelizmente, a violência a tirou de nós.”
Outro relato emocionante veio de Haila Rodrigues, que a considerava uma irmã: “Meu coração está em pedaços sem você. Te amo além dessa vida.”
Uma vida marcada por determinação e sonhos
Diely era conhecida por sua dedicação à carreira e aos amigos. Gerente contábil e fiscal, costumava compartilhar sua rotina e momentos felizes nas redes sociais. A viagem ao Rio, segundo relatos, era um momento de descontração antes do fim do ano, algo que ela já havia feito no Réveillon anterior, quando também passou alguns dias com amigas na cidade.
No entanto, a tragédia interrompeu seus planos. Ela morreu ainda dentro do veículo, na Estrada Benvindo de Novaes, no Recreio dos Bandeirantes, antes mesmo que pudesse ser socorrida.
O motorista do aplicativo, que foi atingido, mas sobreviveu, já recebeu alta e prestou depoimento. Ele informou que entrou na comunidade por engano ao seguir as orientações do GPS.
Violência no Rio de Janeiro: um cenário alarmante
O caso de Diely não é isolado. Episódios envolvendo turistas e a violência urbana no Rio de Janeiro têm se tornado cada vez mais frequentes, levantando questionamentos sobre a segurança pública na cidade. Dados recentes apontam que, mesmo com esforços para controlar a criminalidade, incidentes em comunidades continuam alarmantes, especialmente em áreas onde aplicativos de transporte frequentemente erram a rota.
O governador e outras autoridades locais têm reforçado a necessidade de melhorias na segurança para proteger moradores e visitantes. No entanto, para muitos, essas tragédias refletem uma triste realidade que parece longe de ser resolvida.
A despedida de um ano marcado por perdas
Para os amigos e familiares de Diely, a virada de ano, que deveria ser um momento de celebração e esperança, foi marcada pela dor. Tamires, em seu depoimento, resumiu o impacto da tragédia: “O Réveillon, para nossa família, não existe mais. Perdemos uma parte de nós.”
A história de Diely é mais um lembrete da fragilidade da segurança em grandes centros urbanos e da urgência de soluções efetivas. Enquanto isso, sua memória permanecerá viva nas palavras daqueles que a amavam, e sua perda será uma ferida que o tempo dificilmente conseguirá curar.