Com o fim do processo, irmã de Gugu abre mão de sua parte da herança: ‘Muito pesado’

Cinco anos depois da morte do Gugu Liberato, finalmente a família do apresentador chegou a um acordo sobre a divisão de sua herança, que foi avaliada em cerca de R$1,4 bilhão. O grande valor gerou uma disputa, mas no fim das contas, João Augusto, Sofia e Marina, os três filhos de Gugu, ficaram com 75% do total, e os outros 25% vão ser divididos entre os cinco sobrinhos do apresentador.

Uma das notícias que chamou mais atenção foi a atitude de Aparecida Liberato, irmã de Gugu e nomeada inventariante do processo pelo próprio apresentador no testamento. Ela tinha direito a 5% da herança, mas decidiu abrir mão de tudo. Aparecida fez questão de esclarecer, em entrevista ao Fantástico, que não tinha interesse no dinheiro. “Eu não levei isso como um trabalho, como um fardo, esperando uma compensação financeira. Meu irmão fez um pedido para mim, e eu realizei o pedido dele por lealdade a ele. Não tem nada a ver com dinheiro. Nada a ver”, disse ela, deixando claro que tudo o que fez foi por respeito e carinho pelo irmão.

O processo foi longo e bem difícil para Aparecida. Segundo ela, o trabalho de inventariante não foi nada fácil. “Eu, no papel de inventariante, aquela pessoa que zela pelos bens até que sejam divididos, tinha que apresentar todas as notas, tudo o que acontecia, os pagamentos ao juiz”, explicou, visivelmente cansada. Ela ainda ressaltou que, durante todo esse tempo, sentiu o peso da responsabilidade. “Foi muito difícil, muito pesado. Eu estava sendo aquela pessoa que ele colocou para dar continuidade ao legado dele. Assim como eu respeitei, eu poderia ter sido respeitada”, desabafou, mostrando que, por mais que tenha cumprido o papel com muito empenho, também passou por momentos difíceis.

Outro capítulo dessa história foi o processo movido por Rose Miriam di Matteo, ex-companheira de Gugu e mãe dos filhos dele. Após a morte do apresentador, Rose pediu o reconhecimento de uma união estável, o que, se fosse aceito, daria a ela direito a metade da herança. No entanto, em agosto deste ano, Rose decidiu abrir mão do processo após chegar a um acordo com os filhos de Gugu.

Ao ser questionada sobre a briga judicial de Rose, Aparecida se mostrou mais reservada. “Prefiro não me manifestar sobre isso. Mas que o processo poderia não ter levado cinco anos… Porque foram cinco anos de dor. Respeitar a vontade do Gugu, isso era sagrado, e os filhos fizeram muito bem. Eles vão ampará-la”, comentou. Ela, por fim, disse que o tempo poderia curar as feridas. “Acho que o perdão e as desculpas devem ser pedidos para o Gugu. As relações vão se ajeitando com o tempo”, completou, sugerindo que a dor e as diferenças poderiam ser resolvidas de uma maneira mais tranquila no futuro.

Essa história toda mostrou que, por mais que o dinheiro envolvido seja enorme, as questões familiares e emocionais acabaram pesando muito mais. A briga pela herança, a decisão de abrir mão de parte do valor e os desentendimentos entre os envolvidos são uma prova de que, no final das contas, o mais importante é a convivência e o respeito entre as pessoas. É claro que o valor da herança é significativo, mas as relações de afeto e as escolhas feitas por cada um, como a de Aparecida de manter a lealdade com seu irmão, é o que realmente marca essas histórias.