Chá de espinheira-santa: para que serve e quando deve ser consumido

Tá precisando de um aliado natural pra cuidar do estômago? A espinheira-santa, essa plantinha medicinal brasileira, pode ser a resposta! Com nome científico de Maytenus ilicifolia, ela é famosa aqui e lá fora pra tratar problemas digestivos. Parece até conversa de vó, mas tem estudo científico que prova que a bichinha funciona, e quem é fã mesmo garante que ajuda com gastrite, úlceras e até na famosa “limpeza” do organismo.

A Priscila Schramm, nutricionista e especialista em nutrição chinesa, lá de Londres, explica que os compostos da espinheira-santa – como flavonoides e saponinas – têm poder anti-inflamatório e ainda protegem a mucosa do estômago. “Esses compostos ajudam a reduzir a irritação e promovem a cicatrização”, conta ela. Ou seja, pra quem sofre com azia e dor no estômago, é praticamente um santo remédio. Quem já usou garante que alivia aquele desconforto pesado depois de uma refeição mais pesada ou em dias que o estresse tá nas alturas.

Agora, tem gente que diz que a espinheira-santa também é ótima pra “limpar o corpo”. Quem falou sobre isso foi a Bruna Nunes Magesti, também nutricionista e especialista em nutrição funcional. Ela explica que a planta tem uns compostos antioxidantes que neutralizam os radicais livres – basicamente, eles ajudam a proteger as células. Mesmo que as pesquisas sobre esse “detox” sejam poucas, a espinheira-santa continua famosa como uma opção natural pra quem quer dar aquela ajudinha pro fígado e pro sistema de desintoxicação natural do corpo.

Benefícios comprovados e os estudos que apoiam
Tem até estudo oficial que dá respaldo pra essa fama da espinheira-santa. O Ministério da Saúde do Brasil, através do CEME, fez algumas pesquisas e confirmou que a planta realmente ajuda em casos de gastrite e úlcera. “Os compostos presentes na planta inibem o ácido estomacal e ajudam na cicatrização do tecido lesionado”, explicou a Magesti. Essa ação anti-inflamatória e protetora é o que faz dela uma grande aliada na saúde digestiva.

Mas, antes de sair tomando o chá todo dia, é bom consultar um especialista. A Priscila lembra que usar a planta de qualquer jeito pode até dar efeito contrário. Dosagens incorretas ou misturar com outros medicamentos sem saber direitinho o que tá fazendo pode acabar prejudicando mais do que ajudando. Então, na dúvida, vale sempre perguntar a um profissional de saúde.

Como preparar o chá de espinheira-santa
Quer experimentar o chá? Não tem mistério. A própria Priscila dá o passo a passo: “É só ferver água e adicionar as folhas – secas ou frescas. Deixa uns minutos em infusão, e pronto!” Ela sugere tomar o chá entre as refeições, assim ele ajuda melhorando a digestão e aliviando o desconforto gástrico.

Outras formas de usar a espinheira-santa
Se não é fã de chá, calma que tem outras formas de consumir a espinheira-santa. E cada uma dessas maneiras tem seus próprios benefícios.

1.  Pó: As folhas secas são moídas e viram um pó bem prático. Dá pra misturar em água, suco ou até num shake. Pra quem quer um efeito mais concentrado e rápido, o pó é uma ótima opção.
2.  Cápsulas: Super conveniente, já que a dosagem vem padronizada. Mas vale lembrar que, pra usar as cápsulas, é ideal ter orientação de um profissional, porque a absorção pode ser um pouco diferente.
3.  Tinturas e extratos: Essas são versões mais concentradas e costumam ser usadas em gotas. A tintura é prática pra quem quer algo mais potente e com fácil absorção. Tem também o extrato liofilizado, que conserva bem os compostos ativos. Segundo Priscila, essas formas mais fortes são ideais pra quem precisa de uma dose terapêutica mais potente.

Precauções e contraindicações
Apesar dos benefícios, a espinheira-santa não é pra todo mundo, viu? Gestantes, lactantes e crianças pequenas (menores de seis anos) não devem usar. E se você tem alguma doença crônica ou usa remédios contínuos, é ainda mais importante conversar com um médico antes. Bruna lembra que usar a planta de forma inadequada pode causar problemas gastrointestinais e até diminuir a produção de ácido gástrico, o que pode interferir na digestão normal.

Enfim, a espinheira-santa é uma verdadeira joia da nossa flora e pode ajudar muito no dia a dia. Mas como qualquer coisa na vida, o segredo tá no equilíbrio e no bom senso – e claro, num pouquinho de orientação médica pra garantir que tá tudo certinho!