Mais de 16 anos após o trágico desaparecimento do padre Adelir de Carli, conhecido como o “Padre do Balão”, uma suposta carta psicografada atribuída a ele tem causado grande repercussão. O documento, que teria sido recebido pelo médium Ricardo Sanches de Andrade, de São Paulo, traz detalhes do que teria ocorrido nos momentos finais do sacerdote.
A história de Adelir de Carli ficou marcada na memória dos brasileiros em 2008, quando ele decidiu alçar voo utilizando balões de gás hélio. A iniciativa tinha um propósito nobre: arrecadar fundos para causas sociais. No entanto, a aventura tomou um rumo trágico, resultando no seu desaparecimento por meses. Somente em julho daquele ano, testes de DNA confirmaram que restos mortais encontrados no mar pertenciam ao religioso.
Agora, anos depois, a carta supostamente enviada pelo espírito do padre reacende o interesse pelo caso, trazendo uma perspectiva espiritual sobre seu desfecho.
Relato do Padre na Carta Psicografada
Na mensagem atribuída ao padre, ele inicia identificando-se:
“Eu sou Adelir Antônio de Carli e venho contar-lhe sobre o meu desencarne trágico, porém nobre.”
O texto descreve como ele estava cheio de fé e confiança em sua missão quando decidiu realizar o voo com os balões de gás hélio. Segundo o relato, ele acreditava profundamente que sua ação chamaria atenção para as causas sociais que defendia.
No entanto, ao longo da carta, o tom muda e passa a relatar a angústia vivida no momento do voo. O padre menciona os alertas recebidos de especialistas e pessoas próximas, que tentaram convencê-lo a desistir da empreitada.
“Ignorando os alertas, preparei os balões e me lancei aos céus. Porém, mal sabia eu que a jornada, que imaginava grandiosa, se transformaria em um pesadelo angustiante.”
A mensagem psicografada também revela detalhes sobre as dificuldades enfrentadas durante o voo. Segundo o relato, os balões subiram rapidamente e foram levados pelo vento para uma direção inesperada. Sem controle sobre a situação, ele tentou utilizar seu rádio para pedir ajuda, mas sua falta de experiência impediu que fizesse isso de maneira eficaz.
“Tudo estava indo terrivelmente errado. Tentei utilizar o aparelho comunicador para pedir ajuda, mas minha inexperiência me impediu de fazer isso adequadamente.”
O suposto espírito do padre descreve seus momentos finais com grande emoção. Ele relata como percebeu que os balões estavam esvaziando e que a queda era inevitável.
“Enquanto os balões começavam a esvaziar e estourar, fui gradualmente caindo. O cenário tranquilo que imaginei tornou-se caótico. A água do mar me aguardava abaixo e, em meu coração, estava repleto de temor.”
Adelir de Carli menciona que, mesmo diante do desespero, sua fé permaneceu inabalável. Segundo ele, nos últimos instantes de vida, orou fervorosamente e encontrou uma sensação de paz.
Conclusão: O Desfecho Segundo a Psicografia
A carta psicografada descreve o trágico momento da queda, quando o padre se viu lutando contra a força do oceano. Ele afirma que tentou resistir, mas a exaustão tomou conta.
“Afundei nas águas do oceano lutando para sobreviver. Meu corpo se cansava até que, enfim, me afoguei.”
O relato também traz detalhes sobre o que teria ocorrido após sua morte física. O padre menciona que parte de seu corpo foi consumida por tubarões e outros animais marinhos, mas reforça que sua alma encontrou conforto na fé.
“Apesar dos momentos finais desafiadores, encontrei a paz em saber que minha intenção era nobre. Minha dedicação à caridade ainda poderia surtir algum resultado em meio ao labirinto da existência humana.”
A divulgação da carta psicografada tem gerado debates entre céticos e espiritualistas. Para alguns, trata-se de uma tentativa de trazer conforto aos que acompanharam o caso; para outros, apenas mais um episódio envolvendo a curiosidade sobre o além. Seja como for, a história do “Padre do Balão” segue viva na memória popular, agora com um novo capítulo que mexe com o imaginário de muitas pessoas.