A vitamina D3, ou colecalciferol, é tipo um herói discreto da nossa saúde. A maioria das pessoas nem liga muito pra ela, mas a verdade é que sua ausência pode trazer um monte de problema — sério mesmo. O corpo até produz essa vitamina sozinho, mas pra isso precisa da tal da luz solar. E convenhamos: com a vida corrida, trampo em escritório fechado, rotina dentro de casa, muita gente mal vê o sol na semana. E aí já viu…
O que nem todo mundo sabe é que a D3 ajuda a manter os ossos fortes, melhora o humor, dá um gás na imunidade e até interfere em questões hormonais e neurológicas. Isso mesmo: falta de vitamina D pode afetar desde seus dentes até sua cabeça — literalmente.
Por que ela é tão importante?
A vitamina D3 é fabricada na pele quando a gente se expõe aos raios UVB do sol. Daí ela passa por um processo no fígado e nos rins até virar o tal do calcitriol, que é a forma ativa dessa vitamina. Ele é quem manda ver no controle do cálcio e fósforo no corpo, dois minerais essenciais pra saúde óssea, muscular e até pro cérebro funcionar direito.
Além do sol, dá pra conseguir D3 em alimentos como gema de ovo, atum, salmão, fígado e, claro, em suplementos — que, diga-se de passagem, viraram febre nas farmácias nos últimos anos.
Quem tá mais propenso a ter deficiência?
Apesar de qualquer pessoa poder ficar com os níveis baixos de D3, alguns grupos têm risco maior. Tipo:
- Idosos (especialmente os que não tomam muito sol)
- Gestantes e lactantes
- Crianças pequenas
- Pessoas com pele escura (por causa da menor absorção de UV)
- Quem vive coberto por motivos culturais ou religiosos
- Quem usa muito protetor solar (sim, ele bloqueia a produção de vitamina D)
Inclusive, pós-pandemia, aumentou muito o número de diagnósticos de deficiência de D3, porque boa parte da população ficou em isolamento por meses — sem sol, sem vitamina.
Sinais de que algo pode tá errado
O problema é que os sintomas da deficiência são meio traiçoeiros. Podem passar despercebidos ou parecer com outras coisas. Entre os mais comuns, estão:
- Fadiga constante
- Dor muscular e fraqueza
- Problemas de pele (tipo ressecamento, acne, psoríase)
- Transtornos do humor, como ansiedade e depressão
- Problemas ósseos, como osteopenia, osteoporose e raquitismo em crianças
Tem até estudos recentes mostrando uma possível ligação entre baixos níveis de D3 e maior risco de doenças autoimunes, como esclerose múltipla, e até Alzheimer. Não é pouca coisa.
E o que fazer?
O ideal é fazer um exame de sangue pra ver os níveis da vitamina D (o 25-OH). Se estiver abaixo do recomendado, o médico pode sugerir mudanças na dieta, exposição ao sol ou suplementação — que deve ser feita com acompanhamento, porque excesso de vitamina D também é perigoso.
Aliás, vale lembrar que tomar sol com moderação é fundamental. Tipo uns 15 minutinhos por dia já ajudam. Preferencialmente antes das 10h da manhã ou depois das 16h. Sem exagero, sem paranoia, só equilíbrio.